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Plano de Emergência da EDEL surge para eliminar os desvios da rede

Foto Angop/Arquivo
João Baptista Borges, presidente do Conselho de Administração da Empresa de Distribuição de Electricidade-EP

Luanda, 31/07 - O Presidente do Conselho de Administração da Empresa de Distribuição de Electricidade-EP (EDEL), João Baptista Borges, afirmou hoje, quinta-feira, que o Plano de Emergência da sua instituição surge da necessidade de eliminar as "ilhas" ou áreas com fraco abastecimento de energia eléctrica devido aos desvios feitos na rede.

Em declarações à imprensa, João Borges explicou que as “ilhas” são designações dadas a áreas situadas principalmente na periferia de Luanda, onde muitas vezes, duas ou três ruas têm energia e logo a seguir outras não têm.

Segundo ele, estas "ilhas" são factores de instabilidade porque nestas ocasiões existe uma grande pressão dos consumidores e fazem-se ligações anárquicas que acabam por deteriorar a qualidade de fornecimento e abastecimento de energia eléctrica dos clientes já legais.

O PCA da EDEL julga ser necessário e urgente eliminar estas ilhas, estes focos de instabilidade e ao mesmo tempo permitir que mais famílias possam ter acesso a energia eléctrica.

"Desta forma gizamos o Plano de Emergência para abastecermos 15 mil famílias e actualmente como resultado desta execução estão já ligados a rede da EDEL oito mil e 600 famílias", frisou.

Para além dos Postos de Transformação que constam desse plano, houve uma concertação com as administrações municipais para a expansão da rede, por isso será possível a EDEL atender mais 15 mil e 500 famílias, o que perfaz cerca de 26 mil de famílias a atender.

As obras feitas no âmbito do Plano de Emergência da EDEL, prosseguiu o PCA, estão a ser feitas em todos os municípios e atendem basicamente situações pontuais e de urgência.

João Borges afirmou que este Plano não vai resolver o défice de energia eléctrica que se faz sentir em grandes extensões dos municípios periféricos, mas existem programas e projectos estabelecidos para resolver os graves problemas que ainda existem.

Para solucionar a situação de défice, a EDEL vai construir, a partir do próximo ano, novas subestações na capital do país para permitir o escoamento da energia eléctrica produzida pela hidroeléctrica de Capanda, num investimento global de USD 100 milhões, disse.

O PCA da EDEL apontou como áreas mais carenciadas em termo de infra estruturas o Kilamba Kiaxi e no Cazenga.

Com investimentos da ordem de oito (8) milhões de dólares, o Plano de Emergência da EDEL prevê, até o final do mês de Agosto, alimentar mais de 15 mil novas residências.

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