Habitantes de Camucuio terão instituição de registo civil
Foto Angop |
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Cartório no Camucuio entra em funcionamento nos próximos dias |
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Luanda, 13/09 - Um cartório, construído entre 2005 e 2006, é inaugurado
este mês no munícipio de Camucuio, para tratar, sobretudo, do registo civil da
população local e acabar com as deslocações à sede provincial do Namibe
para este fim.
Desde a época colonial, o município de Camucuio nunca teve uma instituição de
registo notarial. Dada à sua constituição, duas comunas, designadamente Mamué
e Chingo, com seis povoações e quimbos, cujos habitantes são essencialmente
agriculturores e
criadores de gado, as autoridades governamentais
decidiram-se pela criação do cartório.
De acordo com o administrador municipal local, Alexandre Calei, a
construção do cartório é resultado da preocupação do governo para resolver os
problemas fundamentais da população que era obrigada a se deslocar, com muita
dificuldade, a mais de duas centenas de quilómetros para se beneficiar de registo
civil ou tratar de outro documento, tal como a constituição de uma propriedade.
Erguido pela empreiteira angolana Montipa, o Cartório vai benefeciar uma população
estimada em 69 mil 990 habitantes que habita o norte do Namibe, litoral sul de
Angola, numa superfície de sete mil e 452 quilómetros quadrados.
Construído no quadro do programa do governo para a melhoria dos serviços
básicos à população, as obras custaram 118 mil dólares. Para o seu apetrechamento
em mobiliário e material de escritório serão aplicados perto de 36 mil dólares.
Na última campanha de registo e atribuição de bilhete de identidade levada a cabo
pelas autoridades governamentais até Dezembro de 2005 foram benefeciadas três
mil pessoas naturais de Camucuio.
Ainda no quadro das questões de justiça será inaugurado, proximamente, no mesmo município, um tribunal, cujas obras, a cargo da mesma empreiteira
estão em fase final.
As obras do tribunal têm um valor de 167 mil 512 dólares contemplados pelo
Programa de Investimentos Públicos (PIP) do Governo angolano para o biénio
2005/2006, que prevê o apetrechamento da instituição com material na ordem
de outros 69, 4 mil dólares.
O tribunal está constituído de uma sala de audiências, um gabinete para o juiz,
outro para o procurador municipal, uma sala para arguidos e uma para testemunhas.
Numa região onde as infracções frequentes são o roubo de gado e ofensas
corporais, o administrador de Camucuio, Alexandre Calei, adiantou
que com a entrada em funcionamento do tribunal haverá maior rapidez no
julgamento dos crimes, deixando de se encaminhar os processos para a sede
provincial (210 quilómetros a sul da localidade) onde aguardavam longo período
para tratamento. |