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Parlamentares solicitam maior participação dos cidadãos no processo de reconstrução

Luanda, 07/09 - Deputados de partidos políticos angolanos com assento parlamentar apelaram a uma maior participação da sociedade civil na vida do país, por forma a assumir e contribuir para o processo de reconstrução nacional em curso.

Em entrevista à Angop, a deputada Fátima Jardim, do MPLA, salientou que sendo o cidadão parte integrante deste processo, deverá ser mais participativo, associando-se às causas do Governo para que se dê soluções às necessidades humanas.

A deputada acrescentou ser tarefa prioritária apoiar os projectos do Governo no sentido de os cidadãos garantirem o seu próprio desenvolvimento.

A situação de guerra, de modo directo ou indirecto, afectou a todos angolanos e, por algum motivo, somos todos sobreviventes. Neste sentido temos de trabalhar para a rápida reconstrução do país, frisou.

Segundo Fátima Jardim, factos marcantes causaram mágoas e frustrações, por isso todos os cidadãos têm mais motivos para colaborar no avanço da reconstrução e reconciliação nacional, não se excluindo deste processo.

"A exclusão faz sempre com que não se conheça a vontade do cidadão e provoca uma série de limitações, criando distorções no que concerne à política do país" - frisou.

Destacou ser o respeito pelo trabalhador e o civismo imprescindíveis para a reconstrução do país em termos de relações humanas, daí a importância no conhecimento dos deveres fundamentais para que possam ser exercitados os direitos e torná-los mais alargados" - reiterou.

"Temos programas para quase todo país e alguns já estão a ser implementados, embora não seja muito visível em Luanda, por serem realizados noutras províncias e nos seus municípios e comunas", realçou.

Por sua vez, o presidente do Pajoca, Alexandre Sebastião, salientou que a estrutura humana e material do país ficou dilacerada após a guerra e, por isso, este processo vai além da simples reposição das infra-estruturas.

O parlamentar é de opinião que para falar da reconstrução do país deve-se prioritariamente tratar a questão do homem como agente principal deste processo, em que a sua condição psicológica interfere em todos os actos das suas actividades.

Já o deputado da Unita Marcial Dachala destacou a valorização da consciência do homem a fim de ele próprio clarificar a sua visão de elemento principal na reconstrução do país e trabalhar para o seu desenvolvimento.

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