Reabilitação dos mercados São Paulo e Congolenses terminam em Janeiro de 2007
Luanda, 06/09 - As obras de reabilitação e ampliação dos mercados
São Paulo (Sambizanga) e Congolenses (Rangel), em Luanda, iniciados em
Fevereiro e Março deste ano, respectivamente, terminam em Janeiro de 2007,
segundo informou hoje à Angop uma fonte ligada ao projecto.
No mercado São Paulo, criado em 1962, pela então Câmara Municipal de
Luanda, os trabalhos a cargo da empreiteira Esco-Sarl estão num bom ritmo e
consistem na construção de um piso superior.
O empreendimento contará com uma área administrativa, 180 lojas, 846
bancadas, quatro balneários, um restaurante, uma câmara frigorífica para a
conservação dos produtos perecíveis e um tanque de água com capacidade para
50 mil litros.
Neste mercado, o aumento da sua capacidade, anteriormente de 750
vendedores, constitui uma das mais-valias do projecto, subdividido em áreas
como a do pescado, hortaliças, frutas e produtos típicos.
Situado no município do Sambizanga, o mercado do São Paulo surgiu após
o desabamento do então Xamavo, em 1940, localizado na altura na área da
Gajageira (Rangel), em consequência de chuva torrencial, tendo resultado em
muitas mortes e feridos.
Para homenagear as vítimas daquele acidente, em 1992 foi erguida de
fronte ao mercado do São Paulo uma estátua designada por "Mãe Quitandeira",
igualmente símbolo das pessoas que trabalham e lutam por melhorias
sociais.
O administrador do mercado, Francisco Bizerro Afonso, contactado a
propósito, mostrou-se satisfeito com a reabilitação do mesmo, sublinhando
que a modernização da sua estrutura física permitirá que as quitandeiras
comercializem os seus produtos com maior segurança e em melhores condições
de higiene.
Tendo em conta que na parte exterior do mercado existia um número
considerável de vendedores que não se encontravam registados pela
administração do mesmo, Francisco Afonso disse que neste momento estão a
ser realizados levantamentos para o posterior enquadramento destas pessoas
nas novas estruturas.
Os bens aí comercializados, segundo o administrador, são adquiridos em
diversas fontes, quer no país, quer no estrangeiro.
Por seu turno, o mercado dos Congolenses, onde não foi possível apurar
o número de repartições, será constituído por lojas e bancadas para albergar
mil 625 vendedores.
O plano inicial para este mercado, segundo uma fontes do departamento
de obras do Governo Provincial de Lunada (GPL), era também de um piso superior,
mas pelo facto de se ter descoberto um lençol de água subterrânea na área, o
projecto foi alterado.
A reabilitação e ampliação dos referidos empreendimentos, cujo montante
financeiro empregue não foi revelado, é uma iniciativa do GPL, no âmbito do
Programa de Investimentos Públicos (PIP) para o biénio 2006/2007, visando a
melhoria dos serviços sociais básicos à população.
Enquanto decorrem as obras, os vendedores dos referidos mercados
continuam a comercializar temporariamente os seus produtos em instalações
provisórias criadas para o efeito.
Além destes dois, Luanda conta já com quatro outros novos mercados
nos municípios do Cazenga, Samba, Cacuaco e Kilamba Kiaxi, cujo
inauguração está prevista para os próximos tempos.
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