Governo aposta no relançamento do pólo industrial da Catumbela
Foto Angop |
|
|
Responsável do pólo Lourenço Esteves ao explicar o plano de desenvolvimento |
|
Luanda, 04/09 - O Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela inicia no primeiro trimestre de 2007 a segunda fase de loteamento de terrenos destinados à indústria alimentar, nomeadamente água mineral, refrigerantes e bebidas espirituosas e ao sector da construção civil, mobiliário e calçado, com a pretensão de melhor se enquadrar nas reformas económicas do Governo
angolano.
Segundo o coordenador da comissão de gestão do empreendimento, Lourenço Esteves, este processo encontra-se bem encaminhado e já foram recebidas solicitações de empresas interessadas em investir em Benguela, que é uma
província com tradição industrial e muito promissora devido ao Porto do Lobito, Aeroporto da Catumbela e vias de acesso rodoviário e ferroviário para facilitar o
escoamento de bens industriais.
De acordo com ele, na primeira fase está prevista a divisão em lotes de cinco mil metros quadrados de terra, conhecidas por grandes manchas, sendo 70 lotes para
armazém, 74 lotes para a indústria ligeira de pequena dimensão, 32 lotes para indústria ligeira de média dimensão e 52 lotes para a indústria ligeira de grande dimensão.
O Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela tem elaboradas várias estruturas de apoio para atrair os empresários, sobressaindo-se o saneamento básico (esgotos domésticos e chuvas), rede viária, ramal ferroviário e distribuição de água potável.
Para a concessão de incentivos e benefícios fiscais, a legislação em vigor considera prioritários os seguintes sectores: produção agro-pecuária; fabricação de embalagens; fabricação de máquinas e equipamentos, indústria têxtil, de vestuário e de calçado, indústria de madeira e pasta de papel, indústria de bens alimentares, industrial de materiais de construção civil, saúde, educação e telecomunicações.
Os empresários que investirem na localidade se beneficiarão de um período de isenção de obrigações fiscais de oito anos e de direitos aduaneiros, caso os
investimentos efectuados situam-se entre os USD 50 mil e 250 mil dólares.
O Pólo, que é tutelado pelo Ministério da Indústria, tem uma área de terreno com cerca de dois mil 207 hectares, para fins industriais, subdividida em duas sendo uma para a primeira fase com 272 mil 662 hectares para a indústria ligeira e mil 835 hectares para segunda fase para restantes indústrias.
Lourenço Esteves referiu que a província tem como potencialidades a oferecer uma rede rodoviária e ferroviária com ligações para todo o território nacional,
desenvolvidas infra-estruturas aeroportuárias com ligações para todo o país, obtenção de energia eléctrica a baixo custo e excelente rede hidrográfica.
Actualmente o parque industrial local tem um coeficiente de exploração das capacidades instaladas abaixo dos 20 por cento.
O inventário do parque industrial é composto por Indústria Ligeira com 44 empresas (têxteis, confecções, curtumes, calçados, tabaco, electrónica, construção), estando em actividade apenas cinco.
Indústria Alimentar com 31 empresas (açúcar, pescas, massa alimentar, óleos vegetais, conservas e bebidas diversas), das quais cinco operam regularmente, com destaque para o ramo das pescas, enquanto a indústria pesada conta com 41
unidades produtivas das quais sete paralisadas.
Existem ainda mais de 500 pequenas unidades (padarias e pastelaria, moageiras, marcenaria e carpintarias, de construção comércio a grosso e a retalho, sapatarias
e oficina autos).
O Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela é uma das três áreas
criadas pelo Governo Angolano com o objectivo de preparar condições
para a implementação, gestão e promoção de uma indústria moderna e
sustentada no país.
|