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Dependência do BPC será inaugurada em pouco tempo na Bibala

Foto Angop
Futura dependência do BPC a ser erguida no município da Bibala (Namibe)

Luanda, 29/08 - Uma dependência do Banco de Poupança e Crédito (BPC) está a ser construída desde princípios deste ano no município da Bibala, província do Namibe, para começar a funcionar nos próximos meses.

Na óptica do administrador municipal de Bibala, João Ernesto dos Santos, a instituição vai captar maiores investidores e investimentos no sentido do desenvolvimento sustentável do município, além de que os trabalhadores vão poder fazer poupanças e aplicar o seu dinheiro em pequenos empreendimentos no ramo da agricultura ou agro-indústria.

A instituição vai oferecer todos os serviços do BPC, tais como Crédito Escola, Crédito Automóvel, Conta Salário e outros no sentido de ajudar a melhorar o nível de vida das pessoas residentes e facilitar outras operações bancárias para o investimento empresarial na região.

Com a entrada em funcionamento do BPC na região ficará resolvida a questão dos salários dos funcionários públicos, uma vez que, actualmente, têm de percorrer 160 quilómetros de estrada em terra batida para levantar o seu ordenado ou efectuar uma outra transacção bancária na sede provincial do Namibe.

Orçado em 700 mil dólares, o edifício construido de raiz, com conclusão das obras previstas para 90 ou 120 dias desde o seu início nos primeiros meses deste ano, segundo o presidente do Conselho de Administração do BPC, Paixão Júnior, vai empregar 10 funcionários recrutados localmente para actuar numa região com 104 mil 895 habitantes.

A maior parte dos clientes a serem beneficiados são funcionários do sector de saúde e educação, assim como polícias, ganadeiros e agricultores tradicionais, estes últimos com um volume de negócios a aumentar, dada a procura dos seus produtos como resultado dos baixos preços praticados em comparação a outras áreas do país.

O governador provincial do Namibe, Boavida Neto, salientou ser o banco um instrumento que vai fazer a diferença na realização de negócios e no desenvolvimento das acções do cidadão comum.

No município da Bibala, acrescentou Boavida Neto, predominam a actividade agro-pecuária e fazem-se transacções comerciais avultadas, tanto de compra, venda ou troca de gado com as províncias da Huíla, Benguela e Cunene.

"Os cidadãos, para desenvolverem as suas acções e projectos, têm que ter uma relação com o banco. Se este banco não existe onde há população, as possibilidades de desenvolvimento são muito reduzidas" - sentenciou o governador, quando falava a jornalistas, para avaliar o Programa de Investimentos Públicos do governo em curso na província do Namibe.

Com a construção desta dependência do banco, um esforço conjunto entre o Governo Angolano e BPC, as pessoas deixarão de fazer levantamento de dinheiro na cidade do Namibe com o objectivo de realizarem pagamentos de professores e outros funcionários públicos de carreira na Bibala, correndo-se riscos de assalto ou acidente.

Anunciou que, simultaneamente com criação do banco, vai surgir a repartição fiscal local e que estão a estudar a possibilidade de o "próximo passo" ser também a instalação de outra dependência bancária no município de Camucuio.

Desde a época colonial, Bibala (ex-vila Arriaga) nunca teve qualquer dependência bancária, talvez pela característica do quadro laboral na altura, isto é, um pequeno número de funcionários públicos, nomeadamente administrador de posto, seus adjuntos, alguns professores e um ou outro enfermeiro, assim como a falta de política de desenvolvimento da região a curto prazo.

Hoje o município conta com um número elevado de funcionários, designadamente o próprio administrador, professores, médicos, enfermeiros, efectivo policial, procurador e mesmo um juiz com todo o seu pessoal de apoio e ainda a população geral, que entre outras actividades, exerce a agricultura e agro-pecuária.

Ao contrário do período colonial, actualmente há políticas para o desenvolvimento da região em quase todos os sectores da vida social, a curto, médio e longo prazos, reflectidos na construção de escolas, unidades sanitárias, distribuição de água potável, energia eléctrica e outros serviços, como a telefonia móvel que será instalada dentro de dois meses pela operadora Movicel - sustentou o administrador, João Ernesto dos Santos.

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