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Reabilitação do troço Benguela/Lobito torna via mais fluída para veículos longos

Foto Angop
Alargamento do troço Benguela/Lobito a cargo da Mota Engil

Luanda, 30/08 - Os produtos industriais, que necessitam de transportação em camiões, serão escoados com maior fluidez do Porto do Lobito para o interior do país ou vice-versa quando, em finais deste ano, os trabalhos de reabilitação e alargamento do seu troço até Benguela terminarem.

Com a reabilitação e alargamento do troço Benguela/Lobito, que passará a ter quatro faixas de rodagens, contra as actuais duas, o Instituto Nacional de Estradas (INEA) procura tornar a via mais fluída e segura, tendo em conta a sua importância para o desenvolvimento sócio-económico da região centro, leste e sul do país.

A via é de extrema importância porque vai permitir o escoamento de produtos industriais, alimentícios e outros bens a partir do Porto do Lobito para o interior da província, bem como de produtos agrícolas do Vale do Cavaco para o exterior do país pelo mesmo porto.

O troço é igualmente importante porque vai facilitar a distribuição de combustíveis para o interior do país, tendo em conta a refinaria destes produtos que a Sonangol decidiu construir na cidade do Lobito.

A estrada é ainda considerada inestimável por habitantes locais, por ser um importante eixo para o escoamento do tráfego rodoviário do litoral do país.

De acordo com o director provincial do INEA em Benguela, Zacarias Camuenho, a reabilitação desta estrada, num total de 26 quilómetros, consistirá em duas vias rápidas com três metros de largura cada uma e outras duas externas mais lentas, igualmente com três metros de largura.

Segundo ele, o projecto, que se enquadra num acordo de financiamento do governo português, avaliado em 19 milhões de Euros, congrega também duas margens de um metro e meio em cada lado, destinada a peões.

Zacarias Camuenho referiu que os testes efectuados no Laboratório de Análise de Inertes do Ministério das Obras Públicas deram resultados positivos e atestam a fiabilidade da obra, pelo que o término dela deverá acontecer no final deste ano, conforme previsto.

Os trabalhos, que estão a cargo da empresa portuguesa MotaEngil, sob fiscalização do consórcio African Gabeng-BKS, incidem na desmatação do terreno adjacente, terraplenagem e compactação de solos de empréstimos, operação que envolveu o recrutamento de cerca de 70 jovens angolanos.

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