Mais de um milhão de pessoas beneficiam-se de água canalizada em Benguela
Foto Angop |
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Projecto `Águas de Benguela´, já começou a dar os resultados esperados |
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Luanda, 29/08 - O projecto "Águas de Benguela", criado pelo Governo angolano para canalizar água potável a mais de três milhões de habitantes até 2025, está já a providenciar o produto a um milhão 666 mil pessoas, antecipando em quatro anos a conclusão da sua primeira fase.
Concebido em 2004, esta primeira fase deveria ser concluída apenas em 2010, mas dada a rapidez nas obras da empreitera, a Odebrecht, os trabalhos avançaram e
este número de pessoas consome já água potável na cidades de Benguela e Lobito e nas vilas da Catumbela e Baía Farta, na província de Benguela.
A primeira fase do projecto, considerada emergencial, contemplou a reabilitação
do sistema existente, o que permitiu a recuperação de mil 85 metros cúbicos/hora
e a construção de um novo, que vai captar água a partir do rio Catumbela
providenciando três mil 600 metros cúbicos/dia.
Foram concluídas as obras das comportas da barragem, o redireccionamento do
canal até à estação de bombeamento de água bruta de tratamento da Catumbela.
Orçado em mais de 160 milhões de dólares, o projecto prevê uma segunda etapa,
com o fim agendado para 2018 e que deverá beneficiar mais dois milhões 325 mil
533 habitantes das quatro cidades, enquanto a terceira e última vai atingir os três
milhões 138 mil 858 populares até 2025.
As obras incidem na substituição da tubagem de l50 milímetros por outra de 250
e na reparação de todo o sistema de bombagem tiveram início em Agosto de
2004 e prevê a produção de mil litros de água por segundo.
De acordo com o engenheiro técnico do projecto, Jaime Alberto, apesar de 2025
parecer distante, esta é uma iniciativa inovadora porque foi elaborada para acabar
definitivamente com o problema de abastecimento de água canalizada à província
de Benguela.
"Na elaboração do projecto tomamos em conta o desenvolvimento económico
da região, tendo em conta a reabilitação do Caminho de Ferro de Benguela, a
reactivação do Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela e a entrada em
funcionamento da Refinaria do Lobito" - acrescentou.
A segunda fase do projecto entra em funcionamento a partir de Setembro deste
ano e vai compreender a construção de uma central de captação e tratamento de
água com capacidade de produção de um metro cúbico por segundo.
Para a terceira etapa está prevista a construção de três reservatórios nas cidades
do Lobito e Benguela, com capacidade de cinco mil metros cúbicos cada e um
outro na vila da Catumbela de três mil metros cúbicos de água.
O projecto de "Águas de Benguela" contempla ainda a extensão da rede de
distribuição de água, sendo 130 quilómetros para a cidade de Benguela, 80 para o
Lobito e 20 para as vilas da Catumbela e Baía Farta.
Com duração de quatro anos, o projecto contempla ainda a reabilitação e
construção de infra-estruturas, visando o aumento da produção e melhoramento
da qualidade da água de forma a cobrir o défice de mil e 500 metros cúbicos que
se regista actualmente em Benguela.
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