Futebol/Mundial: Oliveira Gonçalves elogia empenho dos jogadores
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Oliveira Gonçalves elogia empenho dos jogadores |
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Hannover, 17/06 (Dos enviados especiais) - O
seleccionador nacional, Luís Oliveira Gonçalves,
regozijou-se e felicitou, sexta-feira, em Hannover, o
empenho e a atitude dos jogadores de Angola, no jogo
da segunda jornada do Grupo D, com o México que
terminou com resultado nulo (0-0).
“Os nossos jogadores portaram-se bem e estão todos de
parabéns, por termos conquistado este valioso ponto”,
referiu o técnico angolano, visivelmente satisfeito,
durante a conferência de imprensa que a FIFA promove no fim de cada jogo.
Ao analisar o desenrolar do encontro, referiu que
foi
um bom jogo, cuja a primeira parte foi caracterizada
por um equilíbrio entre ambas as equipas.
“Consideramos que o jogo com o México foi muito
difícil, para nós e temos que continuar a pensar
assim, mas definimos uma estratégia que nos permitiu
não sofrer e marcar golos”, disse.
Acredita que o primeiro tempo foi bastante equilibrado
e no segundo tempo a selecção deu o seu máximo,
realçando que a equipa portou-se bem e produziu bom
futebol.
“É evidente que perdemos, por expulsão, de um jogador
(André Makanga) influente para a manobra da nossa
equipa e isso dificultou o nosso futebol, porque se
jogar com onze já era difícil, com dez ainda pior”
lamentou.
O seleccionador nacional considerou que houve, de
facto, em algumas situações da partida, pouca
condescendência do árbitro. “Eu não gosto muito de
falar da arbitragem. Temos cartões amarelos que vamos
ter que gerir”.
“A FIFA recomenda que os craques têm que ser
protegidos e Angola também tem os seus, mas como não
são conhecidos não são protegidos”, sublinhou numa
referência indirecta à arbitragem.
O seleccionador nacional considerou não gosta muito de
falar da arbitragem mas que houve, de facto, em
algumas situações da partida, pouca condescendência do
árbitro é um facto.
Interrogado como se sentia após o empate com o
México,
disse que e a primeira vez que a selecção participa
num campeonato do Mundo e na segunda jornada
conquistou um ponto. Como este ponto foi conquistado
num campeonato do mundo concordou com o jornalista,
afirmando que foi um bom resultado para a história do
futebol angolano.
Ao caracterizar a evolução da forma da equipa,
considerou difíceis todos os jogos, começando pelo
primeiro disputado com Portugal e, também este com o
México, prognosticando o terceiro que, no seu
entender, será ainda muito mais difícil.
“Prevejo um grau de dificuldades ainda maior no próximo
jogo, porque a equipa se quiser ganhar vai ter de
jogar de uma forma aberta, por um lado e, por outro,
gosto que equipa defronte equipas muito fortes, dado
que a história e as estatísticas indicam-nos que é com
adversários mais fortes que nos portamos melhor”,
sustentou.
Oliveira Gonçalves considera que também existe no
seio
do grupo de trabalho uma ponta de ambição, porque
depois de conquistado este ponto, fará tudo para
conquistar mais três pontos com a humildade que
caracteriza a equipa e conhecendo bem a realidade.
Com determinação e com luta e entrega a selecção nacional
de Angola vai procurar ser especial no jogo com o
Irão, frisou.
“Quando viemos para o campeonato do mundo o nosso
objectivo era dignificar o nome do país e do nosso
continente.
Conquistamos um ponto que se traduz em
motivo de alegria para o povo angolano e devo aqui
dizer que, apesar de termos perdido com Portugal, os
angolanos festejaram, por termos realizado uma óptima
exibição e agora acredito que a Pátria está a
festejar, muito mais, por termos conquistado este
ponto”, esclareceu.
O seleccionador angolano aproveitou para informar os
presentes que o país está a desenvolver-se depois de
ter terminado a guerra, e que todos os angolanos
estão
unidos em torno do desenvolvimento do país e,
algumas verbas que, antes, eram destinadas para a
guerra passaram a desenvolver o desporto, saúde,
educação, cultura e, foi por isso que se está a
conseguir estancar a epidemia de cólera e travar todas
as possíveis epidemias que, eventualmente possam surgir.
“Em suma, Angola está a organizar-se e, nós, os homens
do futebol, os dirigentes, treinadores, jogadores e os
jornalistas desportivos estamos a fazer o nosso
papel,
que é o de trabalhar para o desenvolvimento do nosso
futebol e desejamos nos impor, primeiro, ao nível de
África, porque isto é possível, já que estamos entre
as 60 selecções no ‘ranking’ mundial e sabemos que
outros, mesmo assim, estão muito preocupados connosco”,
argumentou.
Acrescentou que foi, de facto, muito importante, o
ponto conseguido e os angolanos vão festejar, porque
a equipa não está só nesta campanha do Mundial 2006.
Muitos angolanos deslocaram-se à Alemanha, vindos de
todo o Mundo para apoiarem a selecção e isto mostra que
Angola é realmente um país especial e de futebol.
Ao ser questionado sobre a razão de preterir o Love e
o Flávio disse que não é o treinador quem faz a equipa,
mas o empenho e a entrega dos jogadores.
“Pretendo dizer que o Flávio e o Love Kabungula têm
que continuar a trabalhar para entrar no onze, porque
apostámos na equipa que tem jogado bem e não é fácil
gerir em dois ou três jogos 23 homens, em que só se
pode fazer três substituições por partida.
É complicado porque são todos jogadores que estão a
trabalhar e a qualquer altura, quando for necessário,
poderão entrar no onze”, justificou.
Para ele, a forma como os jogadores se comportam, as
substituições operadas são as que se impõem no
momento e, não se trata só de Flávio e Kabungula,
que ainda não actuaram no principal onze, existem
outros.
À título de exemplo, explicou que neste jogo alinhou
o Rui Marques que substituiu o Figueiredo, dada a sua
experiência nas posições de trinco e na defesa e foi
nestas duas qualidades que ele actuou.
“A equipa que temos estado a fazer alinhar é o que
está melhor, neste momento e os outros que ainda não
actuaram vai chegar a vez deles”, rematou o timoneiro
dos Palancas Negras.
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